A atual eleição presidencial mostra-se uma das mais duras (não no
bom sentido) e disputadas que presenciei desde que me entendo por
gente. A disputa extrapolou o campo da política e chegou algumas
vezes às vias de fato, vide a morte de um militante do PT no Paranái
e os relatos de agressões sofridas por outros militantes do partido.
Quando a política torna-se um campo de enfrentamento físico, muitas
vezes isso é sinal de que as coisas podem ir para um caminho
perigoso.
Muito desse clima de Fla x Flu deve-se à grande mídia,
representada principalmente por Globo, Veja, Estadão, Folha de SP,
entre outros. Esses grupos incitam o ódio à política progressista
e de esquerda desde sempre, demonizando toda e qualquer reforma
social, principalmente as que distribuem renda para os mais pobres,
chegando a taxar projetos sociais importantes, como o Bolsa Família,
de compra de votosii.
O Programa Mais Médicos foi achincalhado até a exaustão, chegando
ao absurdo de chamarem os profissionais que saíram de seu país para
atenderem comunidades carentes de escravosiii.
Por esse motivo vejo como essencial para o país uma lei que acabe
com os oligopólios midiáticos e democratize o acesso à informação,
pois sem isso o Brasil continuará refém de grupos que defendem
interesses particulares em detrimento dos interesses públicosiv.
Além disso, denunciar escândalos durante o processo eleitoral já
virou rotina no nosso país, como o atual caso da Petrobrasv
muito bem elucida. Para impedir a vitória de projetos progressistas
vale tudo, inclusive vazar depoimentos que correm em segredo de
justiça e boatos infundadosvi.
Essa eleição escancarou a importância de mantermos o país no
mesmo rumo, que começou há 12 anos, quando governar para os mais
necessitados tornou-se uma política do Estado e não mera
demagogiavii.
Ainda há muito o que fazer, pois os governos do PT falharam em
pontos essenciais, como não enfrentar as bancadas ruralista,
fundamentalista, da bala, da bola, etc. Entendo que para governar é
necessário fazer alianças, mas não se pode ficar refém dela
quando a aprovação popular desse mesmo governo bateu recordes
históricos. Com o povo do lado, muito pode e deve ser feito.
Resta agora lutar contra essa campanha de ódio e recheada de
preconceitos. A mudança não pode parar, e somos todos responsáveis
pelo bom combate a ser travado contra interesses contrários aos da
maioria do país. Por isso sou #Dilma13.
v - http://g1.globo.com/distrito-federal/eleicoes/2014/noticia/2014/10/dilma-critica-divulgacao-de-depoimento-de-ex-diretor-da-petrobras.html http://www.ocafezinho.com/2014/10/10/o-golpe-da-delacao-encomendada/
vi - http://noticias.terra.com.br/brasil/politica/lula-diz-que-conversa-sobre-estupro-atribuida-a-ele-e-quotloucuraquot,dd0a6f7d7fc4b310VgnCLD200000bbcceb0aRCRD.html http://noticias.uol.com.br/especiais/eleicoes-1989/ultnot/2009/12/17/ult9005u14.jhtm
vii - http://www.brasil.gov.br/cidadania-e-justica/2014/09/brasil-sai-do-mapa-mundial-da-fome-aponta-fao http://plataformapoliticasocial.com/2014/10/10/80-graficos-sobre-a-evolucao-dos-indicadores-economicos-e-sociais/
Nenhum comentário:
Postar um comentário